Empreendedorismo

Planejando para empreender

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Por diversos motivos, muitas pessoas sonham em ter o próprio negócio. Por causa disso, elas se aventuram abrindo as portas de seus empreendimentos, não se planejando para empreender.

Assim, essas pessoas normalmente contam apenas com a sorte e a empolgação de uma aventura. Isso muitas vezes está recheado de “achismos” e romantismos, o que é muito distante da realidade.

Por isso, muitos acabam se decepcionando, pois seus empreendimentos não conseguem sobreviver ao mercado.

Talvez elas poderiam ter evitado isso, se tivessem feito um adequado planejamento antes de iniciar a operação do negócio.

Planejando para empreender no sonho do próprio negócio

De acordo com uma pesquisa de 2017, realizada pela MindMiners, montar o próprio negócio é o desejo de 66% dos brasileiros.

E, segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2018 (SEBRAE e IBQP), abrir o próprio negócio está em quarto lugar na posição de sonhos mais desejados pelos brasileiros (33%).

Esse sonho perde apenas para o de ter a casa própria (49%), de viajar pelo Brasil (45%) e de comprar um carro (34%).

Liberdade é o que se procura

A motivação por trás deste sonho está relacionada principalmente à percepção de que ter a própria empresa pode oferecer a chance de ter:

  • Mais liberdade.
  • Autonomia.
  • Qualidade de vida.

A pesquisa “Jovens Empresários Empreendedores” apontou que os principais motivos que os levam os jovens brasileiros a empreender são:

  • Realização de um sonho (76%).
  • Qualidade de vida (76%).
  • Altos ganhos financeiros (70%).
  • Mercado promissor (66%).
  • Não ter chefe (65%).

O fato é que esse sonho levou a um aumento significativo no Brasil, nos últimos anos, de pessoas que têm um negócio ou estão envolvidas na criação de um.

Conforme aponta a Pesquisa GEM 2018, em 2002 esse número representava 21 milhões de brasileiros, saltando para 52 milhões em 2018.

Planejando para empreender – a difícil realidade dos que não fazem isso

Por outro lado, infelizmente há uma realidade difícil. De acordo com a pesquisa do SEBRAE “Sobrevivência das Empresas no Brasil – 2016”, 23% das empresas fecham suas portas até o segundo ano de existência.

E qual é o motivo para esse percentual tão alto de falência em tão pouco tempo? Bom, essa mesma pesquisa descobriu que os empreendedores não estão se planejando adequadamente para empreender.

As empresas que conseguiram manter suas atividades depois de dois anos de abertura tiveram em média 11 meses de planejamento antes de abrir suas portas.

Mais da metade das empresas inativas não realizou o planejamento de itens básicos. As que realizaram algum tipo de planejamento dedicaram para isso apenas 8 meses.

O relatório “Causa Mortis” do SEBRAE (2014) traz algumas informações que confirmam o impacto da falta de planejamento na falência das empresas:

  • 49% das empresas que fecharam consideram que o fator mais importante para a sobrevivência do negócio é um bom planejamento antes da abertura.
  • Mais da metade das empresas inativas não realizou o planejamento de itens básicos antes do início de suas atividades.
  • 55% dos empreendedores não elaboraram um plano de negócio antes de abrirem seu negócio.

Planejando para empreender e vencer

Com todos esses dados, fica muito claro a importância que o planejamento tem no sucesso de um empreendimento.

Mesmo assim, não há garantia de que quem planeja será bem sucedido. Entretanto, sabemos que os empreendedores que investem tempo no planejamento têm muito mais chances de sucesso.

Quando falamos em planejamento, temos que lembrar que não estamos apenas nos referindo ao planejamento do modelo de negócio, da sua estrutura e dos cálculos de viabilidade econômica e financeira.

Não! O planejamento começa muito antes disso. Ele deve tomar um lugar de especial atenção logo na concepção inicial da ideia de negócio.

Uma ideia legal não é o bastante

Algumas pessoas começam a jornada do empreendedorismo a partir de uma ideia que eles conceberam apenas por achá-la legal, ou por gostar do seu ramo de atividade.

Isso porque é bem verdade que fazer o que gosta é um ponto muito importante para o empreendedor. É muito difícil imaginar alguém trabalhando por muitos anos em um ramo de atividade que odeia.

Portanto, quem trabalha no que gosta tende a ser mais feliz e mais produtivo. Isso também pode contribuir para se obter sucesso. Mas esse não pode ser o único ponto que o empreendedor deve considerar para conceber a sua ideia inicial de negócio.

Copiar a ideia do outro também não é a solução

Outras pessoas, diferente dessas primeiras, por não ter ideia do que vão fazer, apenas “copiam” a ideia do outro (do vizinho, do amigo, daquele primo bem sucedido, etc.).

Assim, investem tempo e dinheiro em um empreendimento que não vai dar certo. E então fica provado que não é porque o outro está tendo sucesso, que eu também terei.

Então começam os problemas com o negócio, logo no início da concepção da primeira ideia. Sequer houve tempo de o empreendedor realizar um planejamento mais aprofundado do negócio.

Por isso, nossa recomendação é que o aspirante a empreendedor tenha sempre em mente que empreender é uma das atividades mais gratificantes. Porém, requer muita dedicação, principalmente no início, antes de abrir as portas do negócio.

Portanto, não menospreze essa tão importante tarefa do planejamento!


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Tags: Empreendedorismo, Ideia de Negócio, Novo Negócio, planejamento empreendedorismo; empreender

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