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Economize com as nossas 12 super dicas

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Nesse momento de crise, quando todo mundo está tentando rever os gastos para reduzir custos, queremos te ajudar a tomar certas atitudes para que você economize o máximo possível.

Pesquisas revelam que 3 em cada 4 famílias sentem dificuldade para chegar ao fim do mês com seus rendimentos. Mas, por que isso? Em grande parte, isso acontece porque aumentamos nossos gastos quando nossa renda aumenta. Então, nosso padrão de vida começa a acompanhar o aumento da remuneração, levando-nos a gastar mais, e na maioria das vezes, gastamos tudo ou além do que ganhamos. Uma pesquisa do CNDL/SPC Brasil, realizada em agosto de 2019, apurou que 67% dos consumidores brasileiros não conseguem guardar dinheiro.

E você, como lida com seu dinheiro? Hoje, queremos compartilhar com você 12 super dicas para que você economize sempre. Vem com a gente!

1. Organize suas finanças

Organização é uma das chaves para a economia, e uma das áreas mais críticas para começar. Quando pensamos em reduzir despesas, é fundamental que organizemos nosso financeiro. Isso contribui para que você economize sempre.

Uma pesquisa do SPC/SERASA, de dezembro/2019, apontou que 25,5% dos entrevistados controlava seu financeiro “de cabeça” e 20,4% não fazia absolutamente nada para controlar suas finanças. Tecnicamente, controlar as finanças “de cabeça” é o mesmo que não ter controle financeiro, porque, os cálculos de cabeça são feitos com números arredondados, considerando quase que exclusivamente os valores maiores e mais relevantes. Entretanto, é sabido que são nos pequenos gastos que residem os maiores problemas, porque é ali que se perde o controle do dinheiro. Como diz o ditado, “de grão em grão a galinha enche o papo” – fazendo uma analogia à esse ditado, podemos dizer que “de pequeno em pequeno gasto, o dinheiro vai embora”. Portanto, estamos falando que praticamente 46% da população não faz qualquer tipo de controle financeiro. Isso é muita gente…

Muitos não controlam suas finanças por acharem difícil ou até mesmo chato, mas não imaginam que o investimento de uma hora de sua semana para organizar suas finanças pode ser o suficiente para colocar tudo em dia. Isso vai fazer uma grande diferença na organização dos seus gastos. Você pode usar um aplicativo, planilha eletrônica ou até mesmo um caderno para fazer isso, o importante é que você registre todas as entradas e saídas de dinheiro.

2. Reduza suas despesas

Com a lista de tudo o que você gasta, é hora de analisar e repensar. Será que tudo o que está listado ali é realmente importante e essencial? Talvez você possa listar suas despesas por ordem de importância. Certamente você vai perceber alguns gastos que parecem pequenos, mas que são absolutamente supérfluos e podem ser reduzidos ou eliminados, fazendo com que você economize. Não pense que um pequeno gasto não faz diferença, porque muitos gastos pequenos causam um grande rombo nos orçamentos.

3. Conheça as suas dívidas e economize com juros

Um grande buraco negro são os famigerados juros. Muitas pessoas, ao fazer uma dívida, analisam apenas o valor das parcelas que irão pagar e não os juros propriamente dito. “Se a parcela tem um valor pequeno, que cabe no meu bolso, posso contrair a dívida” – esse é o pensamento mais comum. Entretanto, quando analisamos o percentual de juros que está embutido dentro dessas parcelas, percebemos que, quando quitarmos toda a dívida, possivelmente teremos pago o dobro do que devíamos inicialmente.

Deixa eu exemplificar para podermos entender melhor o que estou dizendo:

Imagine que quero comprar um produto que custa R$ 1.000,00. Aí o vendedor me oferece pagar em 12 parcelas de R$ 166,67. Então penso: “nossa, que parcela pequena, posso pagar isso facilmente”. Mas agora, faça a conta: 12 parcelas x R$ 166,67 = R$ 2.000,04. Se eu tivesse poupado e investido R$ 166,67 por mês, em 12 meses teria mais do que R$ 2.000,04 (porque, além desse valor, teria ainda os juros da aplicação financeira), e então poderia comprar à vista 2 unidades do produto que quero (que vale R$ 1.000,00 cada). Além disso, sendo uma compra à vista, poderia negociar um bom desconto.

Muitas pessoas, diante de uma situação como esse exemplo, não só aceitam a proposta de parcelamento, como se animam e fazem novas compras ou contraem empréstimos nas mesmas condições. Imagina os juros que essas pessoas estão pagando! Será que realmente é necessário fazer isso?

Assim, antes de contrair uma dívida, saiba o percentual de juros que está pagando. Tente fazer a conta que fizemos acima, para ter uma ideia de qual valor você efetivamente pagará. Por falar em “efetivamente”, deixo aqui outra dica importante:

Os Juros que você está pagando são mesmos os juros informados pelo banco?

Quando pegamos empréstimos em banco, se perguntarmos ao gerente qual o percentual de encargos que vamos pagar, normalmente eles nos passam apenas a taxa de juros. Só que, além dos juros, o banco cobra outras taxas, impostos e seguros, como por exemplo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), tarifa de cadastro, taxa administrativa, etc.

Isso, na prática, transforma o “Custo Efetivo Total – CET” maior do que o informado. Assim, caso tenha necessidade de pegar um empréstimo bancário, pergunte sempre a respeito CET (Custo Efetivo Total), que deve incluir tudo o que o banco vai te cobrar. Por lei, o banco deve fornecer o CET para todos os clientes que estão para contratar um empréstimo ou financiamento. Após ser informado sobre essa taxa, recomendo ainda que você confirme com o gerente: “nesse percentual estão inclusos todas as taxas e impostos que o banco vai me cobrar ou tem alguma coisa mais a pagar?”. Isso porque o CET deve incluir tudo, mas não custa confirmar para não ser pego de surpresa lá na frente.

4. Renegocie e pague suas dívidas

Como falamos no item anterior, as pessoas costumam fazer compras parceladas e contrair empréstimos levando em conta apenas o valor da parcela – “a parcela cabe no meu bolso?”. Como consequência disso, as dívidas vão aumentando, com altas taxas de juros incidindo sobre elas e, quando damos conta, estamos presos numa situação difícil de sair.

Assim, depois que você estudou e conheceu de fato todas as suas dívidas, como descrito no item anterior, você agora tem que pensar em como renegociar e pagar essas dívidas.

Esses 5 passos podem te ajudar a renegociar e pagar suas dívidas

  • Liste todas as suas dívidas, anotando o valor devido e o juros total incidente (o CET – Custo Efetivo Total, que falamos no item anterior) de cada uma delas. Assim você terá uma visão mais clara do que efetivamente está pagando.
  • Tente negociar a redução dos juros incidentes com o banco ou com quem você está devendo. Tenha sempre em mente: mesmo que a parcela do empréstimo for pequena, o que você paga de juros é o que realmente encarece a dívida e impede que você economize.
  • Verifique com outros bancos a possibilidade de “compra de dívida” – os bancos, para ficarem com o cliente, costumam oferecer uma linha de crédito mais barata (juros mais baixos) do que a que você tem no banco de origem, o que possibilita o pagamento total da dívida com o banco anterior. Assim, você fica com um empréstimo mais barato em outro banco e quita o empréstimo caro no banco de origem.
  • Tente priorizar o pagamento das dívidas com maior juros. Isso porque, os juros compostos vão se acumulando (juros sobre juros) e sua dívida aumenta exponencialmente quanto maior a taxa de juros.
  • Sobrando um dinheirinho no final do mês, estude a possibilidade de quitar antecipadamente uma parcela da dívida, reduzindo os juros. Algumas pessoas quitam o empréstimo do carro, por exemplo, pagando a parcela do mês mais a última parcela do carnê com desconto. Assim, pagam na metade do tempo o financiamento, com valor bem menor do que se pagasse todas as parcelas na data do vencimento. Mas esteja bem atento: se você está pagando uma parcela antecipadamente, você tem que que ter um bom desconto nessa parcela. Não faz sentido pagar antecipadamente pelo mesmo valor que você pagaria na data do vencimento. Fique esperto!Seja eficiente nas compras

5. Seja eficiente e economize nas compras

Ao ter que comprar alguma coisa, sempre pesquise antes e peça descontos. Isso parece muito óbvio, mas muitas pessoas fazem compras por impulso e não pesquisam antes de fechar o negócio. Nos dias de hoje, com a possibilidade de fazer tantas pesquisas na internet, é essencial analisar bem e pesquisar o máximo possível. Em alguns casos, a economia é assustadora.

Outras pessoas também ficam constrangidas quando o assunto é pedir desconto. Mas não tenha vergonha de fazer isso. Cada desconto conta, não apenas os aplicados diretamente no preço da mercadoria, mas também valem os fretes grátis, a possibilidade de comprar mais de um produto com preço promocional, cupons oferecidos pelas empresas, etc.

6. Se controle no supermercado

Esse item tem especial atenção, pois segundo uma pesquisa do SPC/SERASA, os produtos mais adquiridos em compras por impulso são os produtos alimentícios, e o local mais usual para essas compras é o supermercado (84%). Para que possamos reduzir os gastos, melhor fazer as compras da forma mais rápida possível, uma vez que quanto mais tempo passamos dentro do supermercado, mais tendemos a “perceber” produtos e promoções que vão nos tirar do foco da economia. Na mesma pesquisa citada anteriormente, 34% dos entrevistados disseram que compram mais quando tem tempo para ver a disponibilidade de produtos.

  • Faça uma lista de compras com o que você realmente precisa e não compre nada que esteja fora dela. Assim você evita gastos desnecessários.
  • Não vá ao supermercado com fome, pois ela “atiça” o monstro consumidor que está hibernando dentro de você.
  • Não leve cartão de crédito para o supermercado se você é uma pessoa consumista, pois ele pode ser um incentivo para gastar mais do que precisa. Em vez disso, pague sua compra com dinheiro. Isso vai limitar o seu apetite por gasto.
  • Tente reduzir a variedade de produtos de limpeza. Muitos produtos, principalmente os de limpeza, são apenas variações de outros. Cuidado com isso! As vezes compramos 3 produtos “diferentes”, mas que, no final das contas, servem para o mesmo propósito. Priorize então os produtos mais baratos e que atendem as suas necessidades.
  • Experimente marcas genéricas, porque elas tendem a ser mais baratas.
  • Compre frutas e legumes da estação, porque elas costumam ser mais baratas, visto que tem uma oferta maior delas no mercado, além de serem possivelmente mais saudáveis por não necessitar de muitos “artifícios” para ficarem no ponto de colheita.

7. Economize nos gastos com alimentação fora de casa

Uma pesquisa realizada pela Nossa São Paulo com o Ibope Inteligência aponta que o maior gasto mensal de 43% dos brasileiros é relacionado à alimentação. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o trabalhador gasta em média 34% do seu salário somente comendo fora!

Como é muito difícil mensurar os gastos com alimentação, vamos dar umas dicas para você:

  • Se você trabalha fora e precisa almoçar em restaurante, não se esqueça que os preços dos restaurantes são muito diferentes um do outro. Portanto, não se deixe levar pelo impulso de comer em lugares mais caros, por serem os mais “badalados”. Pesquise antes onde encontrar boa comida com os melhores preços.
  • Ao invés de almoçar em restaurante, avalie a possibilidade de comprar lanches e refeições prontas em supermercado, porque possivelmente essa opção será mais barata.
  • Se organize e prepare sua própria comida em casa e leve para o trabalho.
  • Evite pedir comida ou comer fora quando está em casa. Deixe para fazer isso uma vez por semana ou em momentos específicos, para que isso seja algo especial.

8. Reduza sua conta de energia

Com algumas medidas simples, podemos reduzir bastante a nossa conta de energia:

  • Apague as luzes quando sair dos ambientes.
  • Mantenha as janelas abertas para ter iluminação natural sempre que possível, pois isso vai reduzir o consumo de energia.
  • Cuidado com o tempo do banho, pois o chuveiro elétrico é um dos maiores consumidores de energia.
  • Troque lâmpadas incandescentes por modelos mais econômicos, como as fluorescentes e de LED, pois isso pode lhe oferecer economia de até 60% na sua conta de energia.
  • Use energia renovável. Se for possível, use painéis solares para aquecimento de água.
  • Use a função sleep da sua tv para não dormir com ela ligada.
  • Faça manutenção periódica da vedação do ar-condicionado, geladeira e forno elétrico. O mau isolamento pode acarretar em aumento na conta de energia.
  • Compre sempre eletrodomésticos que consumam menos energia (de classificação A).
  • Tire todos os aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, pois o modo stand-by também consome energia.
  • Só use máquina de lavar roupa e louça na capacidade máxima.
  • Espere os alimentos esfriarem para guardar na geladeira.
  • Use extensões o mínimo possível: extensões e benjamins (o famoso “T”) ajudam a desperdiçar energia. Utilize-os somente se necessário.
  • Evite usar eletrodomésticos no horário de pico, que é quando ocorre o maior consumo de energia. 
  • Limpe o filtro do seu ar condicionado, pois evita a sobrecarga do aparelho e facilita o resfriamento do ambiente.
  • Quando for viajar, desligue a chave de energia e evite o desperdício.

9. Contrate os serviços de telefone, celular e TV que sejam adequados para seu perfil

  • Pesquise combos de serviços: pacotes de telefone, internet e televisão costumam sair mais barato do que contratar cada um desses serviços separadamente.
  • Conheça o seu plano de telefonia e evite fazer ligações que custam caro no seu pacote.
  • Prefira planos de celular que te permita ligar gratuitamente para qualquer operadora.
  • Nas ligações longa distância, use a operadora conveniada com seu plano de telefone (15 para Vivo, 41 para TIM, 21 para Claro e 31 para Oi).
  • Faça ligações internacionais via internet, usando aplicativos como Skype.
  • Avalie se é mais viável para você manter a tv por assinatura ou serviços de streaming, como Netflix, Amazon Prime, que costumam ser mais baratos.
  • Só mantenha nos seus planos aquilo que você de fato usa.

10. Economize com transporte

Manter um carro pode ser uma fonte relevante de gastos, por isso, procure meios de locomoção alternativos como:

  • Caminhe ou vá de bicicleta e caminhada sempre que for possível.
  • Dê preferência ao transporte público ao carro.
  • Organize os seus horários e percursos para o trabalho, tentando coincidir com os horários e trajetos da escola dos filhos.
  • Se for de carro para o trabalho, compartilhe viagens com colegas de trabalho.
  • Apure todos os gastos que tem com o carro (combustível, manutenção, seguro, IPVA/Licenciamento, multas de trânsito, etc.). Depois, verifique se não seria mais barato optar por utilizar os transportes por aplicativos (caso não seja possível utilizar o transporte público ou bicicleta/caminhada).

11. Consumo Consciente

Consumir de forma consciente também faz parte do plano para que você economize. O SPC verificou em uma pesquisa que apenas 28% dos brasileiros são consumidores conscientes. Isso serve tanto para as compras, quanto para o destino que se dá àquilo que não precisa mais. Então, veja nossas dicas de consumo:

  • Pense bem antes de comprar, para não comprar aquilo que não vai usar, ou usará pouco.
  • Adie decisões de compra. Isso ajuda a não fazer compra por impulso e economize com o que é desnecessário. Tendo mais tempo para pensar, pode ser que você chegue a conclusão que não precisará fazer aquela compra.
  • Avalie a quantidade daquilo que tem. Por que ter 10 calças se você só usa 3?
  • É possível ganhar dinheiro com aquilo que não usamos e está parado ocupando lugar no armário. Venda aquilo que está em bom estado e que não está sendo usado. O que não vale a pena vender, doe, porque pode ser que outros estejam precisando exatamente daquilo que não serve mais para você.

12. Economize para fazer uma reserva de emergência

Para evitar cair novamente na armadilha das dívidas, tenha uma reserva de emergência para dias difíceis, como o desemprego, uma doença, etc. O valor a ser guardado vai depender de sua perspectiva. Algumas pessoas guardam o equivalente à 6 meses de gastos fixos, outras aumentam o valor para 1 ano de despesas e outras guardam valores menores, apenas para pequenas emergências. Quanto vai guardar, depende de você, mas pense nisso e faça o possível para que você economize para esse fim. Vai juntando de pouco em pouco, até ter essa reserva constituída. Ela poderá ser muito útil em momentos de crise.

E aí, o que você achou das nossas 12 dicas para que você economize sempre? Deixa seu comentário aqui em baixo. Se você tiver outras dicas para nossos leitores, não deixe de mencionar também.


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Tags: Economia, Organização Pessoal

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